O destino é uma coisa engraçada. Se é que pode ser chamado assim.
Duas pessoas que não precisam se encontrar, que não tem a necessidade... Na verdade, uma delas sabe que o melhor é não se verem nunca mais.
As coisas ficam pra trás, tudo passa, o tempo "cura tudo" (ou pelo menos adormece), as coisas se tornam aceitáveis... mas quando as pessoas se (re)encontram, uma avalanche volta à ativa e todos os sentimentos (principalmente os amargos do final...a decepção, o orgulho ferido) se misturam numa dança frenética de querer mostrar um pro outro que tá tudo bem e de forçar aquele abraço que era pra ser mais, muito mais.
A verdade é que o ser humano tem uma tendência de ser teimoso consigo mesmo. Você sabe que não tem condições de levar aquilo adiante, que você foi magoado e que é melhor parar por ali. Mas por outro lado, seu "outro eu" fica te incentivando a continuar com aquilo porque vai que dá certo, vai que muda, vai que..
Pelo menos o destino parece ajudar essas situações. Como num dia cheio de desencontros, tudo se enlaça de forma até engraçada. Uma situação que seria embaraçosa (como a do abraço forçado) simplesmente não acontece porque o destino, muy amigo, se encarregou de fazer com que as duas pessoas simplesmente não se encontrassem estando no mesmo lugar e há menos de 100 passos de distância. Normalmente, eles estariam destinadas a se esbarrar, tendo em vista a probabilidade altíssima do fato. Mas, bom, se elas não conseguiram se encontrar nem mesmo quando estavam juntas, será que essa probabilidade realmente é tão grande assim? I don't think so!
Não sei se é destino ou não, nem em quê acreditar. Só sei que as ações dele sempre vem a calhar, porque se coubesse ao ser humano a decisão de "ir e quebrar a cara" ou "simplesmente não olhar", a teimosia iria falar mais alto e o resultado, bom, já daria uma outra história. Com o mesmo final de ressentimento, fingimento e orgulho ferido, claro.
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